O Dia Mundial da Saúde, celebrado a 7 de abril, foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948, com o objetivo consciencializar e promover a saúde na vida das pessoas e a importância que esta tem na sua qualidade de vida.
Inicialmente, definia-se saúde apenas como a ausência de doenças biológicas, contudo, após a década de 1950, este conceito passou a ser definido como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”.
Neste âmbito, resolvemos deixar uma sugestão que tem vindo a tomar cada vez maior relevância a nível da investigação, e comprovado trazer vários benefícios à saúde, a todos os níveis: ter um animal de estimação.
Enumeramos, assim, de forma sucinta, alguns dos resultados de vários estudos, sobre a influência dos animais de estimação na saúde e na qualidade de vida dos/as seus/suas cuidadores:
- Diminuem a solidão – para quem vive ou passa muito tempo sozinha/o, são uma ótima companhia;
- Reduzem sintomas ansiosos e/ou depressivos – favorecem o aumento dos níveis de serotonina e dopamina (neurotransmissores associados ao prazer) e a diminuição dos níveis de cortisol (a hormona do stress);
- Dão um propósito aos dias – requerem cuidados e mimos, fazendo os/as seus/suas cuidadores sentirem-se importantes e necessários nas suas vidas;
- Promovem rotinas – desde os cuidados de higiene, aos passeios diários;
- Aumentam a autoconfiança e autoestima – fazem as pessoas sentirem-se amadas, valorizadas e aceites, sem julgamentos;
- Promovem um melhor sistema imunitário – os animais passam muito tempo ao ar livre e em contacto com microrganismos que aumentam a nossa imunidade;
- Promovem o exercício físico - seja pelos momentos de brincadeira, ou pela quantidade de vezes que precisam passear, propiciando assim também mais tempo ao ar livre;
- Promovem maior socialização – seja com as outras pessoas que vão encontrado nos passeios com os seus animais, ou apenas pelas interações de quem passa e quer conhecer, por exemplo;
- Ensinam empatia e sentido de responsabilidade – principalmente no caso de crianças que ainda estão a aprender competências sociais.
- Promove o convívio familiar – por exemplo, brincadeiras e passeios em família.
Em suma, o valor terapêutico da relação com animais é cada vez mais reconhecido e valorizado, existindo inclusive terapias com auxílio de animais.
Porém, é importante lembrar que estas relações devem ser bidirecionais, ou seja, devemos focar-nos igualmente com o bem-estar, conforto e saúde dos animais, proporcionando-lhes todas as condições e cuidados necessários e retribuindo na mesma medida de amor.
Drª. Telma Gomes - Unidade de Terapia e Saúde Mental