Psicologia da Infância e da Adolescência

Publicado por Taipas Termal em

As crianças, tal como os adultos, podem passar por dificuldades, sejam estes de caráter cognitivo, emocional e/ou social. É errado o pensamento de que, por serem crianças, estão isentas de problemas e/ou sofrimento psicológico… é comum nomear determinados comportamentos como “birras” ou “mimo” e desvalorizar, assim, o real significado por trás dos mesmos.

Na infância, o indivíduo não tem ainda a capacidade de expressar os seus sentimentos, pensamentos e problemas, nem, muitas vezes, ainda sequer de os detetar e compreender, comunicando muitas vezes através do seu comportamento. Os adultos de referência devem assim apoiar as crianças, de forma a estimularem a sua inteligência emocional, para que estas aprendam a lidar com as situações que possam surgir, de forma adaptativa e, eventualmente, a pedir ajuda especializada. Esta, pode ser ainda necessária, aquando a ocorrência de outros fatores/ problemáticas, tais como: ansiedade, dificuldades de concentração e hiperatividade, dificuldade na relação com os outros (ex., com os colegas da escola), dificuldades de raciocínio, fobias e medos, dificuldades de sono (ex., pesadelos, terrores noturnos), comportamentos desadequados, perturbações de eliminação (ex., fazer xixi na cama numa idade em que já não é suposto), dificuldade em lidar com situações externas/acontecimentos (ex., divórcio do pais), entre outros.

Usando estes exemplos, é importante que os adultos (ex., familiares, professores) tenham atenção aos sinais que a criança demonstra, inclusive, por vezes, sintomatologia física sem explicação médica aparente, que possam estar a refletir o seu estado emocional (ex., dores de barriga recorrentes podem sinalizar ansiedade).

Seguindo-se a infância, surge a adolescência, uma altura de transformação (física e psicológica), de experiências, novas responsabilidades, expetativas, dúvidas, e formação da própria identidade, assim como de desenvolvimento da autonomia. Tudo isto requer capacidade de adaptação, quer dos adolescentes, quer dos pais, que precisam também de se reinventar na sua relação com os filhos, respeitando sempre a sua identidade e individualidade.

Sendo, então uma fase de novas experiências e descobertas, é importante que os adultos estejam atentos a potenciais comportamentos de risco que possam surgir, como experimentação de substâncias (ex., tabaco e/ou álcool), problemas escolares (ex., diminuição do rendimento escolar, problemas com os colegas, faltar às aulas), comportamentos agressivos, dependência das redes sociais, entre outros. A par disto, podem surgir também perturbações de ansiedade e/ou depressão, perturbações alimentares e dificuldades em lidar com acontecimentos marcantes das suas vidas (positivos ou negativos).

As consultas de Psicologia surgem como um recurso fundamental para o bem-estar da criança e do adolescente, tendo um papel não só interventivo, mas também preventivo. Além disso, podem também auxiliar, ainda, nas questões de orientação vocacional, uma vez que é nesta fase que surgem as primeiras decisões importantes das suas vidas, nomeadamente a nível académico/profissional. É normal surgirem dúvidas, incertezas sobre o que querem e o futuro, falta de informação, expetativas desajustadas… Com esta responsabilidade podem sentir-se “perdidos(as)” e/ou pressionados(as), gerando ansiedade.

Assim, se identificou algumas destas dificuldades no seu filho/educando, procure um profissional especializado.

 

Drª. Telma Gomes – Unidade de Saúde de Terapia Mental Taipas Termal

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